They stood up for love

terça-feira, junho 27, 2006

Bons velhos tempos...

terça-feira, junho 20, 2006


Naquele trilho secreto, com palavras santo e senha, eu fui língua e tu dialecto, eu fui lume e tu foste lenha. Fomos guerras e alianças, tratados de paz e péssangas, fomos sardas pele e tranças, popelina seda e ganga.


Recordo aquele acordo, bem claro e assumido, eu trepava um eucalipto e tu tiravas o vestido.

Dessa vez tu não cumpriste, e faltaste ao prometido, eu fiquei sentido e triste, olha que isso não se faz. Disseste que se eu fosse audaz, Tu tiravas o vestido, E prometido é devido.

Rompi eu as minhas calças, esfolei mãos e joelhos, e tu reduziste o acordo a um montão de cacos velhos. Eu que vinha de tão longe, do outro lado da rua, fazia o que tu quisesses, só para te poder ver nua. Quero já os almanaques do fantasma e do patinhas, os falcões e os mandrakes, tão cedo não terás novas minhas.

Dessa vez tu não cumpriste, e faltaste ao prometido, eu fiquei sentido e triste, olha que isso não se faz. Disseste que se eu fosse audaz, Tu tiravas o vestido, E prometido é devido.

quarta-feira, junho 07, 2006

O Sol e a Lua
Combinaram um dia um encontro
Porque se dizia
Completavam-se um ao outro


O Sol, teimoso como sempre
Nasceu resplandescente
Disposto a conquistar
Pensado que em qualquer rua
Estaria a Lua para o abraçar

Mas a Lua não apareceu
E no canto do céu
O Sol se meteu.
Sozinho, triste e distante
Foi cantando esta canção:

Lua!
Não me ligas nenhuma!
Oh Lua!
Não me ligas nenhuma!
Lua!
Não me ligas nenhuma!
Oh Lua!
Não me ligas nenhuma!


Mas há quem diga
Que afinal
Eles tiveram um encontro
Muito especial
É certo que foi
Foram num ápice
E a este momento chamam-lhe eclipse

Eclipse da Lua
Eclipse do Sol
Foi na minha rua
O encontro do amor

Lua!
Não me ligas nenhuma!
Oh Lua!
Não me ligas nenhuma!
Lua!
Não me ligas nenhuma!
Oh Lua!
Não me ligas nenhuma!