They stood up for love
domingo, janeiro 29, 2006
quinta-feira, janeiro 19, 2006

Sorriste-me junto ao rio, quando de febre eu morria. Eu ardia em fogo lento, quando me deste agasalho. Passaste em mim um unguento, muito mais fresco do que orvalho. Redimiste-me, nativa, das penas do meu degredo. Mantiveste a minha alma viva, por ti voltei a ser relevo. E à nossa volta, no chão, foi crescendo uma erva mestiçada.
Deste-me conchas do mar e um sorriso na boca. E eu nada tinha para dar que se comparasse, em troca. Dei-te os ferros da razão, dei-te o valor do metal, o castigo e o perdão, a gramática do Mal. Dei-te a dor num crucifixo. Dei-te a cinza do prazer. Se não fosse eu, era um outro. E antes eu que um qualquer.
Dei-te a minha língua mãe, nas tardes desse vagar. O meu bem mais precioso que eu tinha para te dar. E esse meu falar contigo, de branco fez-se luar. Um dialecto crioulo, um riso novo no ar.
Deste-me conchas do mar e um sorriso na boca. E eu nada tinha para dar que se comparasse, em troca. Dei-te os ferros da razão, dei-te o valor do metal, o castigo e o perdão, a gramática do Mal. Dei-te a dor num crucifixo. Dei-te a cinza do prazer. Se não fosse eu, era um outro. E antes eu que um qualquer.
Dei-te a minha língua mãe, nas tardes desse vagar. O meu bem mais precioso que eu tinha para te dar. E esse meu falar contigo, de branco fez-se luar. Um dialecto crioulo, um riso novo no ar.
domingo, janeiro 15, 2006

Se alguma vez me vires fazer figuras teatrais, dignas de um palhaço pobre, sou eu a dançar a mais nobre das danças nupciais, em minhas plumas cardiais, em todo o meu esplendor, sou eu, sou eu, nem mais, a suplicar o teu amor.
É a dança mais pungente, mão atrás e outra à frente, valsa de um Homem carente, mão atrás e outra à frente, valsa de um Homem carente...